Comparar para construir política pública em tempos de globalização
DOI:
https://doi.org/10.22201/iisue.20072872e.2016.20.204Palavras-chave:
método comparativo, política comparada, política pública, sociologia comparativa, comparações regionais, estudo de caso, N grande, N pequeno, método quantitativo, método qualitativo.Resumo
O desenho da política pública encarna a comparação e sistematização da experiência acumulada em locais dessemelhantes. O processo é que permite entender a experiência alheia até atingir a apropriação. A transnacionalização das políticas demanda uma metodologia. Embora existam importantes contribuições sobre o método comparativo a partir da década dos anos setenta, pareceria “que temos embarcado em uma vasta empresa comparativa sem termos um método comparativo” (Sartori, 2011). O halo de mistério que envolve os procedimentos e definição do método o torna inacessível. A proposta deste artigo parte de assumir a política pública desde uma abordagem popperiana, onde as políticas são entendidas como teoria, quer dizer, não é a ingestão ou adição de observações, mas conjeturas ou hipóteses postas à prova na observação, com possibilidade de serem eliminadas ou melhoradas e fortalecidas nos pontos fracos. Daí a importância de um plano de ação para a comparação. O objetivo deste artigo é apresentar o método comparativo de maneira integral, a fim de facilitar a implementação dele na área acadêmica ou na política pública. Este trabalho é dividido em três partes. A primeira é a delimitação do método; a segunda sugere um procedimento para sua implementação e, finalmente; a terceira estabelece a importância para o desenho e avaliação da política pública.