Reforma universitária e diversificação da população estudantil. Trajetórias e representações sobre o corpo discente da UBA nas primeiras décadas do século XX
DOI:
https://doi.org/10.22201/iisue.20072872e.2023.40.1546Palavras-chave:
estudantes, universidades, Reforma Universitária, ArgentinaResumo
O artigo analisa a população estudantil da Universidade de Buenos Aires (UBA), Argentina, nas primeiras décadas do século XX. Adota-se uma perspectiva de estudo que aborda as trajetórias dos alunos e as representações sociais que acompanharam o processo de crescimento das matrículas, o que tem sido pouco trabalhado na literatura acadêmica sobre o tema. Para isso, toma-se como objeto os arquivos, solicitações estudantis e regulamentos institucionais, a fim de analisar a diversificação das matrículas com a entrada de mulheres e estudantes que representaram uma primeira geração familiar a acessar a universidade. As conclusões destacam que a circulação do termo "classe média" referente à população estudantil era escassa, mas que diferentes noções começaram a ser discutidas, como a de "estudantes pobres", que então ordenava o universo social. Ao mesmo tempo, explicam a natureza limitada do crescimento das matrículas nesse período, o impacto das concepções normativas sobre gênero e as restrições à oferta de ensino no acesso das mulheres à universidade.